Nasceu flor - Orquídea. Branca. Vontades alheias baptizaram-na de santa. As circunstâncias, o ser e o estar tornaram-na bárbara (sim, claro, em ambos os sentidos - literal e figurado...)! Celta, sempre resistente à subjugação, ainda que, por isso, tenha que se "expandir" num núcleo exíguo e fechado. Daí a "Orquídea Branca" acabar por tornar-se no mito da "Orquídea Negra": ainda não foi encontrada nenhuma orquídea verdadeiramente negra, elas são de um vermelho púrpura, intenso, aveludado!!!
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domingo, 4 de maio de 2014
Mãe!
Mãe!, deixa-me chorar!
Não te apoquentes, de qualquer maneira sobreviverei!
Mas dói... dói muito!
Sei que estás aqui, comigo,
mas olho à esquerda e vejo aquele cantinho, que era só teu, vazio.
Sim, estás lá, mas, materialmente, vazio.
É-me vedada, de todo, a possibilidade de te tocar, de te ouvir, de te abraçar.
De me abraçares.
De te retorquir e te zangares.
Como um dia eu saí das tuas entranhas, assim tu partiste das minhas.
Sem licença! Apenas um pré-aviso... Vago!
De separação, mas sem preparação.
Assim mesmo, descansa em paz!
Sem ti, mas contigo, hei-de sobreviver.
E viver ao largo das intempéries que de mim sempre afastaste,
ainda que, para isso, não tivesses uma hora de sono tranquilo.
Dorme agora. Serenamente.
Embora no sono etéreo,
um dia, voltaremos a juntar-nos.
No céu.
Os Deuses ocupar-se-ão disso.
E ainda de, à luz eterna, me devolverem o colo que, à luz do sol, me retiraram.
Podes crer!
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Tão tocante, que não dá pra não se colocar no lugar. Parabéns pelo blog. Bjs
ResponderEliminarÉ um prazer recebê-la aqui. Obrigada, Cris! Bj.
ResponderEliminarBC/
Como eu te compreendo, amiga!!!
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